A ano de 1958 foi especial para o basquete da Sociedade Esportiva Palmeiras. Nessa época, além do alviverde ter uma das equipes mais fortes de sua história, consquistou também o Campeoanto Estadual em série memóravel contra o XV de Piracicaba.
O confronto marcou lado a lado duas das equipes mais tradicionais do basquete nacional. Palmeiras e XV de Piracicaba ficaram marcados no basquete paulista por inúmeras conquistas. Em quadra, as duas equipes somam nada menos do que 12 estaduais. O Verdão obteve 10 títulos do Estado em: 1931, 1932, 1933, 1934, 1935, 1958, 1961, 1963, 1972 e 1974. Por sua vez, o time do interior venceu o título máximo paulista em duas ocasiões: 1957 e 1960.
Em confronto melhor de três jogos, o alviverde imponente venceu a série final por 2 jogos a 1 e sagrou-se campeão Estadual, superando a equipe do XV de Piracicaba que tinha em seu nome elenco nomes consagrados como Waldemar, Pecente e Wlamir Marques, o Diabo Loiro, considerado o maior jogador da modaldiade no Brasil de todos os tempos. O elenco do alviverde, comandado por Mário Amâncio Duarte, foi este: Mosquito, Jathyr, Eduardo Haddad, Laerte Gomes, Paulinho Marcondes, Peninha, Fausto, Walter de Souza, Walter Sciacca, Ary, Nelson Caviglia e Villaça.

Disputada no Ginásio Taquaral, em Campinas, a terceira e decisiva partida da série literalmente pegou fogo. Com grande maioria de torcedores do XV de Piracicaba, cerca de 95% do público, a pressão se fez presente. Apesar de jogar fora de casa, o Verdão foi gigante e conquistou o Paulista por uma diferença de apenas um ponto (58 a 57) quebrando, portanto, um longo jejum que durava longos 27 anos sem consquitar o Estadual. Eduardo Haddad, um dos craques do verdão na conquista, relembrou o feito do alviverde ” Tínhamos uma equipe que era considerada a terceira força do basquete paulista, atrás do Sírio e do próprio XV de Piracicaba, os favoritos, liderados por Amaury e Wlamir Marques, respectivamente. Entramos nas finais sem compromisso de ganhar. Isso foi bom, pois jogamos sem o peso da responsabilidade. Foi uma vitória épica. Inesquecível”. Vale ressaltar que, apesar do favoritismo do Sírio e, principalmente do XV, o Palestra tinha uma gigante equipe. Do plantel que foi campeão, dois atletas participaram do Mundial de 59 conquistado pelo Brasil: Mosquito e Jatyr. Além disso, antes, em 1955, o pivô Laerte havia sido convocado para a seleção nacional na disputa do Pan do México, o que corrobora com a visão do Palestra também possuir um ótimo elenco.
Sobre a relevância do título, Haddad recordou “Houve grande euforia, não só dos torcedores, que nos reconheciam nas ruas e nos agradeciam. Todos no Palmeiras passaram a apoiar o basquete. Os presidentes Mario Beni, Paschoal Giuliano e Delfino Facchina começaram a investir e prestigiar a modalidade e compareciam nos jogos e nos vestiários. Foi a partir desse título de 1958 que surgiu a necessidade de construir um grande ginásio para o basquete do Palmeiras e isso aconteceu em tempo recorde. Foi um período de enorme evolução do esporte das cestas no Verdão”.
Vale ressaltar que, além do Estadual conquistado, o Palmeiras ganhou praticamente tudo o que disputou nesse ano, como o Torneio Luciano Marrano, Torneio Jubileu de Prata da FMB, Festival Intermunicipal de Basquete, o Torneio Rio São Paulo e o Campeonato Paulista.
SEMPRE PALESTRA!!! É com o pé, é com a mão! Parabens pela linda matéria
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