Na década de 30, a equipe profissional de basquete da Socieade Esportiva Palmeiras chamou a atenção com um feito histórico. O time ficou conhecido pelo nome de ”Invecíveis” pela expressiva marca de 50 jogos seguidos sem saber o que é perder entre 1934 a 1936. Tal hegemoia coroou que a equipe do Verdão representasse a Seleção Brasileira no Campeonato Sul-Americano de 1934, disputado em Buenos Aires, Argentina, e terminasse na terceira colocação. 78 anos após esse gigante feito, outra geração marcou história no basquete do Palestra, mas nas categorias de base. Durante 2012 e 2014, o time de nascidos em 1999 ficou cravado na história e consegiuiu a expressiva marca de 59 jogos de invencibilidade do Sub-13 ao Sub-15 e conquistado cinco títulos.

O início da trajetória:
Tudo começou no dia 18 de dezembro de 2012, data da primeira vitória do período invencibilidade. O duelo foi diante o Nosso Clube de Limeira, válido pela segunda partida da final do Campeonato Estadual Sub-13. O time, na época , dirigido por Willians Manzini, triunfou por 50 a 41 e levou a decisão ao terceiro confronto, já que havia perdido o primeiro. No dia seguinte, novamente em casa, o Verdão sagrou-se campeão ao vencer por 70 a 40 e conquistar o primeiro títúlo da série invicta. Vale ressaltar que neste ano o Palmeiras sagrou-se campeão com o mesmo time pelo campeonato da Grande São Paulo (GSP), porém não de maneira invicta.

Dose repetida:
No ano seguinte, em 2013, o Palestra repetiu a dose, mas desta vez sob comando do Hebert Coimbra, o Betão. Com uma campanha avassalora e com grande destaque do trio Yago Mateus, André Ballas (capitão) e Wayk, o Palestra praticamente não foi ameaçado no ano. A vitória mais “difícil” foi contra São José dos Campos por uma diferença de quatro pontos. Na decisão do Campeonato da Grande São Paulo, o alviverde superou o Pinheiros por 63 a 31. Com 19 pontos, Yago foi o cestinha do jogo. Já na final do Estadual, o Verdão repetiu o feito do ano anterior e suplantou o Nosso Clube Limeira. Betão, técnico da equipe, relembrou o feito ”Eu tenho uma lembrança muito boa daquele título da GSP. Enfrentamos o Pinheiros na final, uma forte equipe, que jogava um bom basquetebol e nós conseguimos ser campeões ao vencer por mais de 30 pontos (63 a 31). Foi emocionante”.

Reforços, fim da ivencibilidade e o troco:
Em 2014, o alviverde se reforçou para o Sub-15 o elenco que já era extremamente forte e qualificado. Chegaram o ala e ótimo arremessador Matheus ”Varejão, o ala-armador Guilherme Perini ”Goiânio” e o extremamente técnico pivô Felipe Fraga. Com uma campanha extremamente imponante, o Palmeiars esteve mais uma vez sob os holofotes. As boas atuaçõs da equipe levaram o trio Yago, André Ballas, Wayk serem convocados para a Seleção Paulista no Brasileiro da categoria no mês de agosto. De maneira invicta e com Yago como MVP, o selecionado de São Paulo sagrou-se campeão sob comando de Willians. Após a volta do quarteto, o Palestra alcançou outra marca impressionante: no dia 6 se setembro, o alviverde superou a Liga Sorocabana por 104 a 36 e ainda rompeu a barreira dos 4000 pontos com cesta de Wayk. “Foi incrível! E mais legal ainda por fazer os 4001 pontos. É um sonho realizado entrar para a história do Palmeiras”, comentou Wayk. Após o termino da Fase de Classificação e com o Verdão em primeiro lugar com uma campanha sem derrotas, o plantel de Willians teve o direito de sediar o quadrangular final no Ginásio do Palestra Itália. Nessa etapa da competição, o time alviverde venceu São Caetano e Barueri por 94 a 51 e 87 a 58, respectivamente, com Yago sendo cestinhas dos dois jogos. Anotou 27 pontos contra Barueri e 24 contra São Caetano. Na decisão, contudo, o baque chegou ao time que fez história. Em um jogo extremamente dipustado e drámatico, o Palestra foi superado pelo Pinheiros por 61 a 57, perdendo a invencibilidade que durou mais de dois anos e 59 jogos. Yago, novamente, foi o cestinha da partida (27 pontos). No total, os palestrinos terminaram a competição com 2299 tentos feitos (85,1 de média) e 1250 sofridos (46,2). Depois da inesperada derrota, o Palmeiras teve a chance de dar o troco no Estadual. Na ocasião, sem dar chances ao rival, impôs o ritmo de jogo, derrotou o Pinheiros por 67 a 49 no Ginásio Azul, caso do adversário, e assegurou o título de forma invicta, com três vitórias. Essa foi a terceira conquista estadual desse grupo de garotos, vitoriosos em 2012 e em 2013. Vale ressaltar que o Estadual foi composto pelos dois primeiros colocados da GSP (SEP e Pinheiros) e os dois do Interior (Aspa/Franca e Nosso Clube de Limeira). Todos enfrentaram todos, e o Alviverde ficou com o ouro ao passar por cima também dos outros dois adversários (68 a 56 nos francanos e 71 a 63 nos limeirenses). “Estava engasgado. Nós sabíamos que tínhamos a melhor equipe. Tivemos uma derrota na final da GSP contra eles, não jogamos bem, mas nós tivemos de buscar forças e vir conquistar aqui no Pinheiros. A equipe voltou onde sempre esteve, que é no primeiro lugar. Eu fico orgulhoso desses meninos, que começaram comigo lá atrás e agora são tricampeões estaduais. É uma sensação indescritível, e estão todos de parabéns”, disse o técnico Willians Manzini.

A continuidade da geração:
Nos dois anos seguintes, o alviverde passou por uma reformulação em seu time. Além disso, os rivais se reforçaram e, apesar disso, o Palmeiras ainda se manteve entre as maiores forças e foi vice-campeão Estadual Sub-16 e Sub-17 contra o Sesi e Pinheiros, respectivamente.
Números impressionantes:
O triunfo mais elástico da geração 99 aconteceu em junho de 2013, na vitória por 122 a 14 sobre o Banespa, no Palestra Italia, pela primeira fase da Grande São Paulo. Esse também foi o confronto com menos pontos sofridos. Já o confronto em que mais pontuaram foi contra a Liga Sorocabana ( 132 a 29), no turno de ida do Metropolitano do Sub-14. Por fim, o placar mais acirrado ocorreu pela GSP de 2013 (81 a 76 sobre o São José), pela segunda fase da competição.
Confiras os jogadores da geração do Palestra:
Armadores: Yago Mateus, Vinicius de França, Thiago Costa, Michel Texeira;
Alas: Arthur Carnevale, Arthur, André Ballas, Guilherme Perini, Matheus ”Varejão”, Matheus Ormeni, Matheus Vicente, Yan Leandro, Bruno Pinheiro;
Pivôs: Caio Henrique (Codzilia), Felipe Fraga, Danilo, Nicolas Oliveiras, Patrick (Babby) , Vinicius Soares, Rafael e Victor Azevedo
Seguiram Carreira:
Dos atletas que fizeram parte da geração mais do que vitoriosa, apenas dois seguem jogando profissionalmente. São eles: Yago Mateus (Paulistano) e Nicolas Oliveira (Blackstar). Além deles, outros dois atuam pelo basquete universitário: Felipe Fraga joga pela Medicina Taubaté e Anfré Ballas pela Poli-USP.

Nos anos 70 também tivemos uma dinastia de invencibilidade. Time comandado por Wlamir Marques. Essa épica, assim como as citadas, também entraram para a história palestrina como “Invencíveis”, denominação da crônica esportiva da época e da torcida alviverde. Abração e SEMPRE PALESTRA!
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